Por: Gabriella Freitas, Janeise Santos e Bruno Brito
A música brasileira pós-Bossa Nova
e a “definição musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições
tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda, e no quesito
moda, o que estava em vigor na década de 1960, era um vestuário amarrado a
formas retilíneas, tons pastéis e uma cartela de cores nem um pouco ousada.
Contra essas tendências, um grupo
baiano e seus colaboradores procuraram universalizar a linguagem da MPB,
incorporando elementos da cultura jovem mundial como o rock, a psicodelia e a
guitarra elétrica. Aliado a essa nova experiência musical, os tropicalistas,
como passaram a ser chamados, chocavam ao público com suas apresentações de
grande apelo visual. É, que, além de transmitir a mensagem por suas letras e
melodias irreverentes, os artistas tinham como intenção, desconstruir o conceito
estético do belo e adotar a roupa como um prolongamento do corpo, sendo esse,
um dos principais elementos da explosão de liberdade e atitude inseridas em
suas performances.
Baseados na ideia de que o meio é
a mensagem, a imagem tornava-se tão importante quanto suas declarações
públicas. A moda era o próprio espetáculo, e tudo que limitasse a atitude
criativa, deveria ser descartado. As
roupas de vinil do Caetano, as fantasias e brinquedos usados pelos Mutantes, as
batas coloridas de Gil, ou até mesmo o cabelo e visual agressivo de Gal Costa,
são características marcantes na formação e permanência do sucesso tropicalista.
Sendo um movimento de antimoda, a
Tropicália surge como contestação, algo fora dos padrões vigentes, não seguindo
os moldes das passarelas. Os elementos do passado ressurgem vivos e
fascinantes, trazendo uma série de elementos coloridos, estampados e
divertidos. Numa aparência semelhante à dos hippies, cores fortes, flores,
penas, pêlos, franjas, chapéus malucos, batas e pantalonas, misturavam o
cultural com o pop. A moda era jovem, louca e segundo a estilista Regina Boni
(dona da principal marca da época, Ao Dromedário Elegante), não havia
compromisso com o chamado “bom gosto”. A ideia era fugir dos dogmas e
proliferar a liberdade de vestir e agir. “É proibido proibir”.
Tendo em vista a beleza desse
movimento, e como forma de que todos estejam inseridos na temática, nós da
Equipe Montezuma, separamos algumas peças e montamos alguns looks inspirações
para que vocês possam se expressar da melhor forma na nossa noite de premiação.
Data: 01 de março
Horário:
Local: Centro de Artes,
Humanidades e Letras
Traje: Seu melhor look
tropicália
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