Pular para o conteúdo principal

Entrevista com Juciara Nogueira

Por Rachel Mercês

    Juciara Nogueira, uma das juradas da premiação, fala sobre suas experiências e expectativas acerca da VI edição do evento.

1- Francisco Montezuma foi um indivíduo que atuou diretamente em movimentos sociais. O fato do prêmio possuir seu nome, confere aos trabalhos escolhidos caráter inovador no que se diz respeito a seus conteúdos?

    Francisco Montezuma foi um dos fundadores do jornal O Constitucional, impresso que tem especial importância histórica. O prêmio que leva seu nome procura reafirmar a força do jornalismo. Não há, necessariamente, a busca por trabalhos inovadores. O prêmio visa, sobretudo, valorizar todos os resultados dos trabalhos práticos, do conhecimento aplicado. Diria que o prêmio é uma celebração do fazer. 

2- Você diria que a ocorrência da premiação provoca no discente o desejo de aperfeiçoar sua produção?

    Diria que contribui.

3- Qual a relevância social do evento, mais precisamente no âmbito jornalístico? 

    O Prêmio Francisco Montezuma é relevante, sobretudo, por ser um momento de confraternização, de comemorar realizações. Entre os trabalhos, naturalmente alguns se destacam, é normal. O papel do júri é difícil, pois tem que escolher um em cada categoria, mas, de modo geral, isto é apenas uma parte da importância do evento. 

    O evento tem especial relevância pois os que estão chegando podem apreciar um panorama do que seus colegas mais adiantados estão fazendo, para que alguns que já se formaram e estão no mercado possam participar e até dar algum depoimento sobre a importância da formação que tiveram na UFRB. 

    É relevante por esta visibilidade múltipla, plural e simultânea. Propicia aos técnicos, que tanto auxiliam os estudantes e professores nos percursos dessas produções, ver alguns dos resultados desses trabalhos. Também os professores mais vinculados aos aspectos teóricos podem ter uma melhor ideia de como vêm contribuindo para os avanços em determinadas práticas. Além disso, o envolvimento de alguns outros professores do CAHL contribui para a integração e valorização do próprio curso. O evento é importante para as famílias dos estudantes, pois contribuem para que tenham uma ideia do que seus filhos e colegas vêm produzindo. Muitos familiares que moram relativamente perto de Cachoeira vêm no dia da premiação, para prestigiar.

4- Qual a experiência mais marcante em 6 anos de premiação?

    Recentemente, quando começou a circular a notícia que Marília Marques, jornalista formada pela UFRB e repórter da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Governo da Presidência da República virá para o júri deste VI Prêmio, a  jornalista Lise Lobo, que também é formada pela UFRB e atualmente trabalha no IRDEB - Rádio Educadora, curtiu e comentou em um post sobre a vinda de Marília: "Lembro a primeira vez que participei e ganhei o prêmio de melhor reportagem de rádio!!! Uma felicidade só!! E hoje rádio é a minha vida!!!" Fiquei especialmente feliz com este depoimento espontâneo de Lise pois bem sei quantos sacrifícios muitos desses jovens fazem para ter um curso universitário. Mas a conquista de todo sonho requer luta e, às vezes, ganhar o prêmio Francisco Montezuma motiva muito o estudante e lhe dá mais determinação para seguir. Gosto de bons resultados, por este motivo ler este texto me emocionou.

5-  O que esperar da sexta edição do evento?

    Primeiro: pela primeira vez serão emitidos certificados de participação para os ouvintes, com carga horária de 4 horas. O evento sempre foi devidamente registrado, mas como tinha um perfil mais festivo, não houve anteriormente esta iniciativa. 

    Segundo: durante o evento haverá a mesa redonda Trocando Experiências sobre a área de comunicação e seus desafios. Esta mesa redonda deverá durar de 20 a 30 minutos e será formada com todos os jurados, que são: o diretor do CAHL, professor Wilson Penteado (que irá mediar a mesa), a jornalista Marília Marques e o publicitário Theo Amorim, além de mim e o professor Juliano Mascarenhas. 

    Terceiro: além dos troféus, que estão lindíssimos, os estudantes ganharão livros ofertados por vários professores do CAHL - a quem desde já agradecemos - e muitos terão a chance de participar da experiência A comunicação na prática, que - resumindo - é a oportunidade de passar um mês em uma rádio, ou agência de comunicação, aprendendo como funciona o mercado. Outra boa notícia é que um grande fotógrafo da Bahia vai disponibilizar uma vaga para um dos vencedores na categoria fotojornalismo.

    Por fim: pretendemos realizar uma pequena confraternização. No mais, espero que seja uma noite feliz e que reúna, com muita harmonia e serenidade estudantes, professores, técnicos e a comunidade, de modo geral.



    O Prêmio Montezuma de Comunicação acontece no próximo dia 8 de dezembro, às 18h, no Centro de Artes, Humanidades e Letras, em Cachoeira. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Moda ou antimoda? 50 anos da Tropicália

Por: Gabriella Freitas, Janeise Santos e Bruno Brito A música brasileira pós-Bossa Nova e a “definição musical” no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda, e no quesito moda, o que estava em vigor na década de 1960, era um vestuário amarrado a formas retilíneas, tons pastéis e uma cartela de cores nem um pouco ousada. Contra essas tendências, um grupo baiano e seus colaboradores procuraram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica. Aliado a essa nova experiência musical, os tropicalistas, como passaram a ser chamados, chocavam ao público com suas apresentações de grande apelo visual. É, que, além de transmitir a mensagem por suas letras e melodias irreverentes, os artistas tinham como intenção, desconstruir o conceito estético do belo e adotar a roupa como um prolongamento do corpo, sendo esse, um dos principais element

Confira os ganhadores do VII Prêmio Montezuma

Resultados do VII Prêmio Francisco Montezuma de Comunicação, realizado no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB, em Cachoeira, no último dia primeiro de março de 2018. O projeto de extensão é de autoria do professor Péricles Diniz e a equipe de organização do evento deste ano foi composta por estudantes de Publicidade e Propaganda e de Jornalismo. Este ano, o evento teve como tema os 50 anos da Tropicália, por este motivo a decoração, roupas e até o próprio troféu foram inspirados na estética do movimento. Para compor o júri foram convidados: a jornalista Suely Temporal, a publicitária Jéssica Almeida, a jornalista, fotógrafa e cantora Rita Tavares, o professor Juliano Mascarenhas e a professora Juciara Nogueira. Premiados: FOTOJORNALISMO – Bruno Leite. Tema: Boa Morte. Recebeu o prêmio das mãos da jornalista, fotógrafa e cantora Rita Tavares. JORNALISMO ONLINE – Matéria: o custo da permanência, da autoria de Bruno Leite, Cíntia Falcão e Diamila

A história do cinema mundial

Que tal aprender um pouco sobre A história do cinema mundial?              Jeane Ferreira da Rocha Marques A primeira exibição pública cinematográfica da história foi feita no ano de 1895, na França, pelos irmãos Lumière. Porém, essa exibição só foi possível graças a invenções anteriores ao cinematógrafo, que era o aparelho que possibilitava registrar imagens em movimento, gravá-las e projetá-las. Uma das invenções antecedentes foi a lanterna mágica, criada pelo alemão Athanasius Kirchner. Ela era composta por uma câmara escura que projetava, através de um conjunto de lentes e do uso da luz, desenhos pintados à mão em vidros. Geralmente as imagens mostradas pela lanterna mágica eram acompanhadas por algum narrador e às vezes também por música. Em 1877 foi construído por Charles Émile Reynaud o praxinoscópio, aparelho de formato circular que permitia a visualização de imagens, de certa forma que lhes conferia sensação de movimento. Em 1894 Thomas Edison crio