Wilson Penteado,
um dos jurados da premiação, fala sobre suas expectativas acerca da VI edição
do evento.
1- Por
que aceitou o convite para ser jurado do VI Prêmio Montezuma?
Foram vários os motivos que me levaram a aceitar o
convite para ser jurado do Prêmio Montezuma nesta VI edição. Primeiramente, a
natureza do evento. Sempre acreditei nos bons frutos que podem render eventos
de premiação como este. Valorizar a produção discente é fundamental para a
justa visibilidade que devem ganhar bons trabalhos, tendo como principais
marcas o incentivo pessoal e profissional aos indicados e ganhadores do prêmio.
Em complemento, no caso do Prêmio Montezuma, o convite foi recebido de bom grado
também pela seriedade com que o evento é sempre conduzido e a importância para
a comunidade do CAHL e UFRB.
2- Além
de professor, você também é diretor do Centro de Artes, Humanidades e
Letras (CAHL), que sediará o evento. Enquanto diretor, como você analisa o
evento. Qual a relevância de um prêmio, como o Montezuma, para o centro?
Reconhecer bons trabalhos, congregar pessoas de áreas
afins no âmbito de um Centro de Artes e Humanidades como o nosso é,
fundamentalmente, um grande acontecimento, e o Prêmio Montezuma é expressão
disso. Como professor e gestor acadêmico, sempre apostei na valorização e
reconhecimento da produção discente. O CAHL imprimiu em sua história,
importantes iniciativas de valorização a trabalhos acadêmicos de discentes, a
exemplo do "Prêmio destaque - melhor pesquisa estudantil do CAHL",
nas edições 2010 e 2011, em que foram reconhecidos os melhores trabalhos
estudantis de pesquisa de nosso Centro. Empreendemos também, neste ano de 2015,
o projeto de publicação de um livro composto unicamente por textos escritos e
fotografias de autoria de discentes do CAHL, intitulado "Pelas Lentes do
Recôncavo", onde os estudantes de comunicação tiveram, ao lado de
estudantes de outros cursos, expressiva e importante participação. Como
Diretor, analiso muito positivamente acontecimentos como o Prêmio Montezuma,
dada sua importância e notoriedade em nosso Centro.
3- Qual
a expectativa para a noite do dia 8 de dezembro?
A expectativa é a melhor possível. Tenho acompanhado as expressões
de emoção e satisfação, pelas redes sociais, de alguns indicados para o Prêmio.
Certamente, será uma noite de apresentação de bons resultados de trabalhos,
regada à emoção, reconhecimento e partilha de talentos e esforços. Como
antropólogo e professor, sempre entendi a experiência pedagógica como
processual e diversa, constituída em sala de aula, mas também para além dela. O
Prêmio Montezuma, certamente, é expressão positiva disso.
Breve Biografia:
Nascido na cidade de Campinas-SP, é graduado em Ciências
Sociais pela UNICAMP (2001), mestre (2004) e doutor (2010) em
Antropologia Social pela mesma Universidade. É ganhador do Prêmio Silvio Romero
(2006), no Concurso Nacional de Pesquisas sobre Cultura Popular, promovido pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / IPHAN e Ministério da
Cultura / MinC. É autor e organizador de livros, dentre os quais
"Jongueiros do Tamandaré: devoção, memória e identidade social no ritual
do jongo" (Editora Annablume e FAPESP, 2010); "Serviço Social,
Trabalho e Direitos", (Editora da UFRB, 2014), "Pelas Lentes do
Recôncavo: teoria social, artes e humanidades", (Editora da UFRB, no
prelo). Autor de artigos acadêmicos, dentre os quais "Entre voix, énigmes
et regards: le processus de reconnaissance patrimoniale du jongo et la 'nation
brésilienne'" (Les Carnets du Lahic, Paris/França v. 11, p. 119-138,
2015). É Professor Adjunto de Antropologia, Nível 4, na Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia - UFRB, onde atua como pesquisador nos grupos "Expressões
Culturais, Corpo e Socialização "- ECCOS (na linha "Cultura Popular,
Festejos e Rituais"), e "Corpo e Cultura" (na linha "Corpo
e Política"), lecionando no Centro de Artes, Humanidades e Letras, sediado
na cidade histórica de Cachoeira-BA. Neste Centro, chefiou o Núcleo de Gestão
de Atividades de Pesquisa no biênio 2010/2011 e desde 2012 ocupa o cargo de
Vice-Diretor. Atua como professor/pesquisador no Programa de Pós graduação em
Ciências Sociais: Cultura, Desigualdades e Desenvolvimento através da linha de
pesquisa "Identidade e Diversidade Cultural".
Por Phael Fernandes
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